O encontro de Competências de Tecnologia Mineral e Inovação buscou mapear capacidades, identificar desafios e explorar oportunidades para maximizar a agregação de valor ao Patrimônio Mineral Brasileiro, promovendo a verticalização da indústria de base mineral para posicionar o país de forma competitiva no cenário global.
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O evento reuniu em Goiânia, especialistas na área de tecnologia mineral dos setores acadêmicos, governamentais e empresariais. A iniciativa do Sindicato das Indústrias Extrativas de Goiás e do Distrito Federal (SIEEG-DF), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) e Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), contou com o apoio da ADIMB.
O presidente do Conselho Consultivo da entidade, Marcos André Gonçalves, também foi um dos debatedores do encontro. Ele destacou que muito do que foi falado no evento vai de encontro com a percepção dos associados da ADIMB. Gonçalves sugeriu a criação de uma rede permanente público privada de inovação tecnológica para difusão de tecnologia na cadeia produtiva da mineração.
A solução apontada pela ADIMB para enfrentar o problema foi apoiada pelos especialistas, com a criação de um grupo de trabalho que vai fazer um diagnóstico de toda a competência que existe no país. O passo seguinte é a organização de uma rede para articular as diversas instituições que atuam em ciência, tecnologia e inovação para o setor mineral.
Luíz Antônio Vessani, presidente do SEEIG avalia que o grande desafio da mineração é se conectar com a indústria. “Esse evento mostra que apesar de termos muitas competências, elas estão desarticuladas” destacou Verssani, que criticou a desativação, em Goiás, do centro de Tecnologia de Furnas, que segundo ele, é referência mundial em engenharia de barragem.
Vessani aponta que ao renuir todas as competências que existem, as estruturas, o Brasil pode se considerar como apto a atender essa demanda de evolução tecnológica. “O que ficou patente é que essas entidades não conversam entre si, não têm um intercâmbio eficiente”, avalia.
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Maria José Salum, professora da UFMG, que participa do comitê de ESG da Sigma Lithium, acredita que para a inovar é preciso ambiente apropriado. “Inovação exige um pensar fora da caixa. Ou seja, a inovação depende de um ambiente fértil, mais propício para que ideias inovadoras anteveja problemas do futuro,” pondera Salum.
Segunda a pesquisadora é importante que as empresas trabalhem em parceria com os centros de pesquisa refletindo sobre problemas e antevendo as dificuldades que serão cada vez maiores em relação por exemplo, a complexidade dos minérios e questões ambientais.
“Esse evento vem para fomentar essa discussão. Eu até trouxe como referência que em outros países, essa pesquisa, que é um pouco mais de longo prazo, é financiada pela indústria. Isso não ocorre no Brasil. Falta um engajamento da indústria para desenvolver a tecnologia mineral. Eu queria que um dia a indústria mineral fosse um Google, uma IBM, que põe cérebros para pensar, para inovar, nós vamos precisar disso,” destaca Salum.